domingo, 31 de outubro de 2010

Cantinho da Gramática #1



  • Qual a diferença entre "esse" e "este" e quando empregar os dois termos?

"Esse" é usado para retornar um termo, uma ideia ou uma oração já mencionados, como no exemplo a seguir:" A Terra gira em torno do Sol. Esse movimento é conhecido como translação"."Este" por sua vez, introduz uma ideia nova, ainda não mencionada, como podemos observar na frase "Este argumento de que os homens não choram é ultrapassado". "Esse" também pode indicar proximidade do falante, enquanto "este" nos dá a ideia de proximidade do ouvinte. Vejamos as frases: a)"Este sapato me pertence". b) "Quando você comprou esse sapato que está usando?" Em (a), o sapato é de quem fala e, portanto está mais próximo dele. Em (b), o sapato é do ouvinte.
Os dois termos são classificados pela gramática como pronomes demonstrativos e são usados quando o falante quer esclarecer a identidade de um referente (nome), retornar conteúdos e localizá-lo no tempo e no espaço. Entre essas funções a mais importante é a de retomar ideias já mencionadas e ajudar na articulação do texto.A regra é basicamente a mesma para "deste" e "desse", "isto" e "isso" e "disto" e "disso".

Revista Nova Escola. In Consultoria SANDRA QUAREZEMIM, doutora em Linguística e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Postado por : Emanuela Samara

sábado, 23 de outubro de 2010

Identidade

Nesta última sexta feira dia 22/10 tive uma aula muito legal sobre o tema Identidade, no final os poucos alunos que ficaram em sala cantaram a música "Metamorfose Ambulante"- Raul Seixas, que faz um link com o tema, foi contagiante, segundo o autor Ciampa, a nossa Identidade nunca é intacta, estamos em constantes transformações, através das relações sociais, temos sim nossas características biológicas, porém a cada dia somos reforçados de quem somos, sendo sempre autores de vários personagens, como por exemplo, sou filha, aluna, irmã, namorada, etc (...). Estou exercendo muitos papeis e sendo ao mesmo tempo autora e atriz, da minha vida, em uma dinâmica sócio histórica.



Metamorfose Ambulante - Raul Seixas

Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Eu quero dizer
Agora, o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

Eu vou lhe desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo




Autoria: Emanuela Samara

sábado, 16 de outubro de 2010

IDEOPSI ?

O nome do blog foi escolhido pela imagem que a Psicologia carrega de ser cúmplice de uma ideologia presente na sociedade, Ideo (Ideologia) x  Psi ( Psicologia).

E o que é Ideologia?
Chauí vai dizer que a  operação da ideologia é a "criação de universais abstratos, isto é, a transformação das ideias particulares da classe dominante em ideias universais de todos e para todos os membros da sociedade. Essa universalidade das ideias é abstrata porque não corresponde a nada real e concreto, visto que no real existem concretamente classes particulares e mão universalidade humana. As ideias da ideologia são, pois, universais abstratos. (Chauí, 1981, p 95).

Minha visão: Ao escolher o curso eu tinha a pretensão de descobrir o mundo psi do individuo, de me conhecer, de ajudar o próximo, de poder aconselhar as pessoas, essa é a imagem que geralmente temos antes de fazer o curso, mais voltada a área clínica, eu achava que o curso ia apenas ensinar-me a aplicar testes e conhecer técnicas que desvendam as personalidades, sempre fui e ainda sou muito curiosa ao olhar para o homem e sua história.
Existe uma politica na midia, onde as representações dessa profissão quase nunca condizem com a realidade, é muito mais além disso, o campo é muito diversificado,a graduação é extensa de teorias, de muitas psicologias, assim como a atuação de um psicólogo formado e especializado. O preconceito e a desvalorização da profissão se dá pela imagem ideológica de uma profissão que trata de loucos, ouvimos muito pessoas dizerem: " Psicólogo? Pra que? Eu não sou doida(o).....

Será que o psicólogo é visto como aquele amigo que recebe um troco para resolver um problema com um passe de mágica?


Palavras finais:  De um lado grande parte da fragmentação dessa profissão se deve muitas vezes ao próprio psicólogo, pois observando suas realizações até os dias de hoje, vemos que o psicólogo  controla as crianças indisciplinadas, ajuda a ocultar a desigualdade social, acabam por naturalizar as condutas de classes dominantes, contribuem com testes psicológicos que selecionam e categorizam, trazem a justificativa dos problemas para o "individuo", e esquecem do contexto social que influência e transforma o comportamento humano. Do outro lado encontramos a mídia que transmite o que convêm..transmitir!!!!

Autoria : Emanuela Samara